
Para além de uma “comunidade científica”, penso na importância de uma ciência comunitária. Aqui, inspirada no feminismo comunitário da feminista aymara Julieta Paredes (2014 [2010], p.90), torna-se fundamental pensar que enquanto cientistas estamos em relação de “complementaridade, autonomia e reciprocidade” com outros grupos sociais que também são produtores de saberes. Uma ciência comunitária, para além de aberta, se constrói enquanto um “tecido das complementaridades, reciprocidades, identidades, individualidades e autonomias” (PAREDES, 2014 [2010], p.90), bordado nas relações políticas que estabelecemos enquanto sociedade.